quinta-feira, 25 de setembro de 2008

Uma aula de francês com a Irmã Isabel (Cinderela dos Pés Grandes).

(Imagem original daqui)

:: Irmã Isabel (professora de Francês) ::
Alunos: Gani, Calica, João de Barros, Carolina, Emília, Teresa Maria, João Eduardo, Arnalda, Ariza, Armando, Roseca Alvarinho, Luis Soeiro, Zé Loureiro e muitos outros....

Irmã Isabel diz:
- João de Barros, lê a lição...
Jhony:
- Não quero....
I. Isabel:
- João Carlos lê a lição...
Calica:
- Olha, o João de Barros não quer ler e eu é que tenho de ler..., também não quero...
I. Isabel:
- Gani lê a lição!
Gani põe-se de pé, vira-se para a classe e diz-nos:
- Atenção, a pedido da velhota vou ler a lição.
Abre o livro num texto que não é o do dia, lê o título, a primeira linha, a quarta e um pouco mais...
I. Isabel:
- Gani, não consigo acompanhar-te...
Gani:
- Não faz mal Irmã, eu já acabei...

Esta é uma das histórias que existem com a Irmã Isabel (CINDERELA DOS PÉS GRANDES) como era conhecida.

Boa quinta-feira.
Beijinhos.
Emília
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From: Emilia Rocha e Silva
To:
colegiopemba@gmail.com
Sent: Thursday, September 25, 2008 7:44 AM
Subject: Irmã Isabel (professora de Francês).

terça-feira, 23 de setembro de 2008

O recreio dos antigos alunos... Quero falar-vos do BONIFÁCIO...

:: Imagem original da galeria de Colin2012 sobre Pemba - Aqui! Clique na imagem para ampliar ::
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Olá amigos do Colégio,
Fico contente por fazer parte deste grupo e quem dera fossemos mais!....
Quero falar-vos do BONIFÁCIO, quem não se lembra dele? Pois eu vou tentar recordar-lhes a personagem.
Servente do Colégio, com muita confiança depositada pelo Padre Valente, mas bastavam vinte e cinco tostões para nos passar um ponto para a mão, mesmo que não pertencesse àquela turma ou ano..... enfim, era uma das nossas tábuas de salvaçao quando conseguíamos o ponto a tempo e horas.
Muitas vezes não valia de nada o acordar às 5 da manhã para ir buscar o ponto porque o mesmo acontecia logo na primeira hora desse dia. Negativa pela certa para os que não estudávamos pensando que um milagre resolveria o nosso problema. Como eu morava ali ao pé do colégio antigo estava sempre alerta, mas serviu-me apenas para repetir o 3º. ano ou 4º. já não me lembro. Recordam-se dele?
Beijinhos,
Emília
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From: Emilia Rocha e Silva (Emília Pereira para os antigos colegas)
To:
colegiopemba@gmail.com
Sent: Tuesday, September 23, 2008 9:03 AM
Subject: São Paulo - O Colégio - O recreio dos antigos alunos...
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Começo por agradecer a todos a criação deste modo de contacto entre aqueles que tiveram a FELICIDADE de estudar no Colégio Liceal de S. Paulo e ter como educador máximo o Padre Joaquim Antunes Lopes Valente.
Contudo não esquecerei jamais outros professores que marcaram, quer pela positiva quer pela negativa, a minha vida.
As irmãs Fernanda (Geografia) e a "santa" Isabel (Francês e História), o Padre Martins (o Professor Pardal) (Matemática e Fisico-Quimica), a D. Maria do Carmo (Ciências Naturais), a D. Glória de Sant´Ana (Inglês) e a nossa "menina" a Juditinha (Desenho).
Que belos professores.
Mas havia alguém naquele Colégio que me é muito querido e por mim muitas vezes lembrado. O BONIFÁCIO.
- Oh Bonifácio não há água nos filtros!
- Oh Bonifácio não há sabão na casa de banho
E o Bonifácio lá estava para resolver os problemas.
O "nosso" velho Colégio é hoje a Escola Secundária de Pemba e encontra-se em absoluta remodelação e ampliação. E o seminário é a Universidade Católica de Pemba onde se formam licenciados em Turismo e Informática.
Em breve voltarei e aqui tentarei pôr fotos recentes do NOSSO COLÉGIO. Tentarei contar algumas histórias de algumas passagens dos 3 anos que por lá andei.
Até breve.
Armando Cepeda
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From: Armando Cepeda
To: colegiopemba@gmail.com

Sent: Friday, July 18, 2008 1:58 PM
Subject: Bons velhos tempos...

sexta-feira, 19 de setembro de 2008

Procura-se o contato com João Baptista, antigo funcionário da Administração Colonial do Ibo.

A pedido transcrevo:
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""Venho por este meio procurar a morada de um Senhor que é da ilha do Ibo e que neste momento mora na cidade de Pemba.
A pessoa chama-se João Baptista era antigo funcionário da Administração Colonial do Ibo e gostaria de entrar em contato com essa pessoa.
Eu sei que será difícil o meu pedido, mas poderá ter algum amigo que conheça o senhor João.
Com os meus cumprimentos saudações cordiais.
ass.""
  • Favor enviar informações para colegiopemba@gmail.com no caso de alguém conhecer e poder indicar a forma de contato.

quinta-feira, 21 de agosto de 2008

Mais uma foto... mais uma mão cheia de recordações...

(Clique na imagem para ampliar)

Talvez porque o dia amanheceu já triste, o horizonte ameaça alteração do estado do tempo, o que é certo é que está convidativo à meditação.

E nada como uma boa reflexão.

Quanto tempo decorreu desde que nos tiraram esta foto? Pouco interessa, mas que já lá vão muitos anos... que se foram e nunca mais voltarão!

Mas também que importa? O que importa, é o que resta desses bons tempos em termos de amizade e companheirismo.

Amizades essas que ainda perduram no tempo e com as quais mantemos elos de ligação alguns muito fortes... outros nem tanto, por uma questão de atitude dos mesmos, que resolveram alhear-se de antigos companheiros com os quais outrora caminharam lado a lado... cada um fez a sua escolha e tomou o seu rumo! É assim a vida...

Neste preciso momento interrogo-me porque estou a postar esta foto.

Será que os que nela constam algum dia irão vê-la? Duvido. E se a virem? Terão conhecimentos ou vontade para comentarem? Talvez sim... e talvez não!

Mas também pouco importa! A vida é mesmo assim. Cada um nasceu com um destino traçado e a ele ninguém foge. E como cada dia que passa é menos um dia na vida de todos nós, hoje resolvi dar mais um impulso neste blog, que foi criado a pedido de uns quantos entusiastas que sonhavam aqui poder relatar as suas aventuras, cumprindo um desejo do Padre Valente!

Pena é que esse entusiasmo fosse passageiro. Acreditem que o lamento deveras.

Inclusivé já me interroguei se realmente esse colégio existiu e acreditem ou não, se não fossem as fotos que conservei do passado, até diria que estava com alucinações! Mas não... não estou.

A Escola D. Francisco de Almeida, ainda lá está de pedra e cal. Claro que o nome da mesma mudou.

Mudam-se os tempos, mudam-se as vontades - já o dizia Luís Vaz de Camões!

Resta o edifício recuperado, restam as minhas fotos e a memória fresca da Emilinha Pereira, que me ajudou a relembrar o nome de algumas colegas dos nossos tempos, para que esta foto fosse hoje colocada!

Para ti, Emilinha, aqui vai o meu kanimambo e um beijinho.

Não vou falar da Professora Maria Helena Geada, já que não cheguei a ser sua aluna, mas era considerada como a "má da fita"... pelo menos era o que circulava no colégio!

Se algum ou alguma das suas alunas ou alunos me estiver a ler e pretender dissertar um pouco sobre a mesma, seria interessante!

A arquitecta Maria de Lourdes Rodrigues foi minha professora de desenho.

Muito competente e dedicada não só à disciplina que leccionava era também a organizadora de teatros, onde planeava tudo ao pormenor, desde os trajes, pinturas, decoração, textos e poesias para declamarmos. Tudo estava sobre os seus ombros. E acima de tudo, era um ombro amigo, com o qual se podia contar nos momentos de preocupação. Era nossa conselheira, tendo sempre uma palavra de carinho, uma orientação, um sorriso de tranquilidade que depressa incutia em nós a vontade de prosseguirmos com os nossos estudos, esquecendo certos contratempos noutras disciplinas!

Soube há dias pela Elisa Pereira Damas que a mesma se casou quando regressou a Portugal, onde reside.

Era tão bom que ela um dia pudesse ter acesso e participar neste blog! Quem sabe... um dia!

Lena Sousa
21.08.2008

terça-feira, 12 de agosto de 2008

Mais um "achado" do meu albúm de memórias...

(Clique na imagem para ampliar)
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Decorria o ano lectivo de 1960/61.

O Colégio Liceal de S. Paulo tentava a todo o custo, alargar os seus horizontes.

Carência de espaços para se leccionar, para a prática do desporto, para o recreio, para se confraternizar... mas lá diz o velho ditado: Roma e Pavia, não se fizeram num dia!

Assim, aos poucos, fomo-nos repartindo por um outro edifício, paredes meias com a antiga Administração Civil. Uma outra escola cuja vista, de frente, dava para o Polo Sul, donde se avistava parte da imensa Baía de Pemba. Nas traseiras da mesma, sentados nos muros, aí trocávamos dois dedos de conversa, relatando as nossas "aventuras", enquanto a campainha não soava novamente, reclamando a nossa presença.

Belos tempos esses!

O "Puskas" contava as suas histórias, e que histórias...algumas passadas no Paquitequete, monopolizando a atenção de toda a turma. Por vezes dava a palavra ao Teófilo, ou ao João Gonzaga que também lá iam relatando as suas marotices... mas a nossa tentação era o terreno que ficava nas traseiras da Escola D. Francisco de Almeida.

Esse espaço, era enorme e irregular... possuía um declive enorme e as águas da chuva eram suportadas pelo muro da casa que, posteriormente foi habitada pelo Administrador Frazão.

Belos tempos aqueles!

Jogava-se ao ringue, à linha e por último ao paulito. E o Padre Valente lá nos conseguia entreter muitas das vezes, participando nos nossos jogos. Alguns deles bem violentos, como o ringue, que quando era para "matar" ele ia mesmo enviado com essa intenção! As jovens mais crescidas saiam logo da competição, pois quebravam as suas delicadas unhas e como já andavam a rondar pelo Colégio uns jovens bem giros, era ver aquela que mais "charme" exercia sobre eles!

O pátio era espaçoso mas todo o seu chão de terra vermelha era atravessado por enormes raízes de acácias vermelhas e amarelas, algumas tão salientes que se não nos acautelássemos, quando íamos a fugir de marcha-atrás, para não sermos apanhadas pelo ringue, lá tropeçávamos nós e então é que era um fartar de rir.

Por vezes o Padre Valente pedia-nos sugestões. E nós lá íamos dando. Algumas caíam em "saco roto" mas outras eram aceites, já que tinham o seu interesse. Uma delas foi a viagem de estudo que, em boa hora fizemos à Companhia da Nangororo, para observarmos e posteriormente relatarmos todo o processo de transformação pelo qual passava a folha do sisal até ser exportada.

E foi nesse dia já distante no tempo, que a fotografia acima foi tirada. Tenho mais fotos que ao longo do tempo irei colocar, ao mesmo tempo que contarei como fomos recebidos, o que observámos e até o nosso regresso!

Lena Sousa
12.08.2008

domingo, 10 de agosto de 2008

Caros amigas/os, colegas e demais pessoas que lêem este blog...

Isto de ir de férias é terrível, porque para além de não querermos regressar ao normal das nossas tarefas, custa ter de enfrentar o trabalho acumulado e que ninguém faz por nós! Pelo menos comigo é assim! Às vezes pergunto-me se vale a pena ir de férias; é certo que venho um nadita mais descansada, mas depois é que são "elas"... as trabalheiras!
Bem, e falando em férias, bem que queria ir novamente a Moçambique, Norte principalmente, Pemba está-se mesmo a ver e porque não Quirimbas, Ibo, Ilha de Moçambique, Nampula, enfim tudo o que me dá boas recordaçõoes e assim consigo viver melhor!
Lá longe em 1970, as férias não eram boas, eram deliciosas! Praia, praia, parties, parties, namoros, namoros, enfim... nada de responsabilidades! Mas claro quando voltávamos ao colégio é que eram "elas"! ehehhehe... Eu então que "adorava" estudar... era terrível; conseguia colocar um livrinho da maga patalogika entre as folhas dos meus livros e estudar?? A minha Mãe descobria sempre e eu continuava a fazer sempre o mesmo, mas de vez em quando tinha juízo e estudava a dobrar!
Adorava Inglês; ainda adoro e também Francês! Ao Francês lá irei, mas agora as aulas de Inglês leccionadas pela Irmã Edwiges, linda de morrer; alta, loura, de olhos bem azuis e eu perguntava-me porque era ela freira, do baixo dos meus 13 anos... não entendia nada! Só sei que ela tinha aquela pronúncia deliciosa dos brasileiros mas quando entoava a língua inglesa, tudo ficava no seu lugar! As minhas bases desta língua foram-me dadas por esta Irmã, de quem nunca mais nada soube! Mas agradeço-lhe muito...
Era severa q.b. mas também tinha o seu encanto; gostava de nós à sua maneira!
Eu só olhava para ela e perguntava a mim mesma, porquê freira!?
Acho que nunca tive coragem de perguntar a ninguém; parece que era proibido... Mas ela lá sabia e era uma boa professora, recta e correcta!
Tinha sempre um cheirinho bom quando entrava naquela sala de aula! Gostava mesmo dela; emanava segurança, auto-afirmação, auto-estima! Era demais!
Que saudades tenho daqueles tempos! Mas às vezes olhava para a parte de trás da aula e via uns olhos, belos olhos que me miravam e aí eu começava a sonhar e a dizer para mim própria "não irei para freira nunca, não quero"--miúda! Esperta... ou talvez não!
Já cá regresso! Breve...
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Leonor B.

quinta-feira, 17 de julho de 2008

Gostando de tudo o que via!

Bem, agora vai ser complicado, ir contribuindo para este nosso blogue devido às férias; irei uns diazitos, mas regresso em 6 dias! Depois irei mais uns dias...
Não encontro a minha caderneta e já pedi à minha irmão João a dela, mas também está difícil, mas lá iremos concerteza! Queria postar aqui algumas folhas das cadernetas!
Mas quero continuar um pouco sobre as memórias que eu tenho desse ano de 1970.
Quando começaram as aulas eu achava estranhíssimo as aulas serem leccionadas por Irmãs, apesar de ter andado nas Doroteias na pré primária, não me ocorria que as freiras podiam ser também professoras!!!
Adorava as aulas da Irmã Libânia, de Português; dava-as de um modo interessado e interessante; não era super rigorosa; com a língua Portuguesa isso sim; e também não era sovina com as notas dos pontos e das chamadas orais e escritas!Era justa...
As suas aulas eram uma beleza; os 50 minutos passavam a correr; ela contava-nos histórias e ao mesmo tempo ensinava; estava talhada para aquilo! Gostei muito dela e lembro-me sempre dela ao ver que o meu Português aguenta-se bem desde miúda!
Gostava muito de conversar connosco de nos dar ideias de como devíamos proceder numa ou outra situação! Estava sempre pronta a ajudar-nos!
Sofria com o calor; nós também; andava sempre com qualquer coisa a fazer de leque e ficava bem vermelha com as altas temperaturas e era raro zangar-se mas se o fazia era de mansinho, baixinho!
Era a chamada Irmã "porreirinha" e pequenina!
Conforme me vier à cabeça a maneira de ser e de dar aulas de cada professor/a, assim aqui escreverei do que me for lembrando!
Também escreverei sobre "As aventuras no Colégio". Demais...
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Até Breve!
Leonor B.