sexta-feira, 2 de dezembro de 2011


Porto Amélia em 24 de Dezembro de 1971

Há 40 anos atrás já se antevia...
Clique nas imagens para ampliar. Extraído da "Página de Cabo Delgado" (24 DEZ 1971) compilada por Jaime Ferraz Rodrigues Gabão e publicada no antigo jornal "Diário de Lourenço Marques" em Moçambique

domingo, 4 de setembro de 2011

Pode ser que pela foto alguém saiba...?

Clique na imagem para ampliar


"No blog do Colégio li aquele texto de uma antiga aluna recordando antigas colegas e uma delas devia ser filha do Sr. Margarido Lima. 
Lembrei-me desta foto que envio e que foi tirada no jantar de despedida...
Na época, chegada havia dias a Porto Amélia ouvi o nome Margarido Lima e disse ao Gil que devia ser um filho da minha professora da Escola Primária... E na realidade era, o que permitiu surgisse daí uma ligação e convivio.
Pode ser que pela foto alguém saiba.
A filha mais velha, Orlanda, foi professora em Mecúfi, vindo a falecer em Portugal. Dos demais nada mais soube.
- Maria Emília Gil em 4 de Setembro de 2011 (via e-mail).

Obs: Na imagem Margarido Lima, Maria Emília Gil, Esposa do Sr. Margarido Lima e o Tenente Fernando Gil.

quarta-feira, 31 de agosto de 2011

Um pedido - Do FaceBOOk:

Betina Silva:  UM PEDIDO! ALGUÉM ME PUDERA DIZER O PARADEIRO DA ANA MARIA CAMPOS K ESTUDOU NO COLÉGIO E VIVIA NO LAR DE ESTUDANTES EM PORTO AMÉLIA? AS AMIGAS ANA MARIA FIGUEREDO (ANAMIA) E MARIA JOÃO ESTÃO A PROCURA DELA! SABEM K CASOU CM UM FILHO DO SR. MELO K TINHA UMA LOJA NA BAIXA! SE ALGUÉM ME PUDER AJUDAR AGRADECIA! MUITO OBRIGADO!

terça-feira, 30 de agosto de 2011

Olá colegas do Colégio S.Paulo:

Por acaso, ou talvez não (!!!!), nuns momentos de ócio lembrei-me de fazer uma pesquisa sobre Porto Amélia-Moçambique. Com grande espanto vejo uma referência a um encontro dos antigos alunos do colégio liceal de São Paulo em 2011, contudo quando confirmei a data já tinha sido (Maio-2011), que pena... Pensei - como é possivel alguém lembrar-se de colocar isto na Net...
Com uma ansiedade imensa  e umas lagrimitas ao canto do olho continuo a pesquisar e descubro o blog do colégio. É dificil descrever a sensação, isto porque também eu fui aluna do colégio nos longínquos anos de 1964-1966. Chamo-me Maria Antónia Rafael (MOCAS), frequentei o 4º e 5º anos no colégio, tive aulas no edifício antigo (antiga escola D.Francisco de Almeida) e nas novas instalações que não estavam totalmente acabadas. Tive como colegas a Fátima Figueiredo, Fátima Frazão, Emília Pereira, Tó Coelho, Loureiro, Soeiro, Leite (Jorge?), Lisete Margarido (o pai era administrador), o Zé Luis (pai administrador em Montepuez), o Armando Cepeda e mais um ou dois que não me recordo o nome (que me perdoem ,mas já lá vão 47anos...).

Como não podia continuar os estudos em Porto Amélia ,fui para Nampula onde fiz o 6º e 7º anos, depois em 1968 vim para a "Metrópole" fazer o curso de Farmácia que conclui em 1974 (pretendia fazer concorrência ao Dr.Alves...). Seguiu-se a Revolução do 25 de Abril e não voltei a Porto Amélia, com a descolonização fiquei sem qualquer contacto.

Pelo referido podem avaliar a alegria que senti quando descobri o blog. Os sentimentos confundiram-se ao devorar os textos e as imagens, um misto de tristeza e alegria, tristeza por saber que alguns daqueles que nos encaminharam na vida já partiram, mas por outro lado alegria por ver que ainda há muita gente empreendedora, capaz de fazer com que as memórias do colégio sejam perpetuadas e outros possam sentir a mesma alegria.

Agradeço a todos a criação deste blog e espero poder num próximo encontro dar-vos um abraço.

Um beijo e bem hajam pelas belas recordações (se recordar é viver, eu vivi ...).
- Maria Antónia Ceia (Maria Antónia Rafael-Mocas em Porto Amélia)
Portalegre

quarta-feira, 25 de maio de 2011

Encontro anual dos antigos alunos e professores do Colégio Liceal de S. Paulo - Porto Amélia

Fátima - Portugal - 21 de Maio de 2011
Video compilado por Branquinho de Almeida (Zinho) com fotos de participantes do convívio.
Se encontrar dificuldades, poderá acessar este video no Youtube no endereço:

segunda-feira, 16 de maio de 2011

Encontro anual dos antigos alunos e professores do Colégio Liceal de S. Paulo - Porto Amélia


Encontro do Colégio - 21 Maio 2011 – Fátima – Portugal
O preço por é de pessoa - 19,00 Euros;
Confirmação de presença até ao dia 12 de Maio.

Contacto e confirmação com:
• Mª Odete Carvalho – Telefones 234524303/966310979
E.mail - odetelemos@msn.com
Encontro anual dos antigos alunos e professores do Colégio Liceal de S. Paulo
(Dê duplo click com o "rato/mouse" para ampliar e ler)

terça-feira, 9 de novembro de 2010

PARA A HISTÓRIA DO ENSINO EM MOÇAMBIQUE

Necessidade de uma Escola para Crianças do Sexo Feminino, em Moçambique.
-Principais argumentos apresentados para a sua criação, em 1881.

No longínquo ano de 1881, o secretário-geral do Governo de Moçambique, Joaquim de Almeida da Cunha, endereçou às Câmaras Municipais e Comissões Municipais de todo território, genuínas representantes dos interesses dos munícipes, afirmava, uma Circular em que se solicitava ajuda orçamental destinada à criação de uma casa de educação para crianças do o sexo feminino, a receber de toda a Província.
As Câmaras Municipais era assim convidadas a associar-se a tão generosa ideia e cooperar para a sua realização, contribuindo com uma quota-parte nos encargos necessários para a sua concretização.
Entre os principais argumentos apresentados, para convencer as vereações municipais, realçava-se:
- o papel da instrução pública na elevação do nível civilizacional das populações africanas sob o domínio português, com uma economia racionalmente diferente da europeia que se procurava impor;
- a importância da criada Escola de Ofícios na preparação para a vida de jovens do sexo masculino;
- e a premente necessidade, também, de uma escola para educação para jovens do sexo feminino, dado o papel da mulher no processo de mudança.

Atendendo à riqueza informativa do seu conteúdo, que deve ser entendido e explicado no seu contexto próprio, para conhecimento e análise das novas gerações de moçambicanos e portugueses, que conhecem pouco e, por vezes, mal, a História de Moçambique Colonial, baseada em factos, transcreve-se a Circular, atrás referenciada, datada de 5 de Fevereiro de 1881:

“III.mo Snr.- Um dos problemas que mais agitaram na Europa culta é o descobrimento dos ignotos sertões da África e o meio de levar as artes e indústrias, os conhecimentos e a civilização aos povos que habitam esta região vastíssima.
Quando Portugal exercia sobre quase toda a orla marítima da África um domínio exclusivo, obedecendo já então à mesma ordem de ideias que hoje predominam nas nações civilizadas, nunca descurou os meios de elevar o nível moral e intelectual dos povos seus subordinados e, ainda hoje, decorridos tantos e tantos anos, se encontram a cada passo, no interior os vestígios do trabalho civilizador dos nossos maiores.
As circunstâncias que concorreram para a decadência marítima de Portugal não permitiram que se continuasse com o mesmo ardor nesta gloriosa tarefa, a que tantos varões, cujos nomes a história regista, consagraram a vida.
A situação, porém, dos povos africanos nunca deixou de preocupar os governos de Portugal, e, não há muito ainda, que a abolição da escravatura mostrou ao mundo civilizado que os sentimentos generosos sempre encontram apoio na nação portuguesa.
Não estavam os povos preparados para tamanho benefício e daí vem que os escravos da rotina criticam de extemporânea a lei gloriosa que proclamou a emancipação do homem em todos os domínios da coroa portuguesa, como se nas disposições da lei se encontrasse a última palavra da missão civilizadora e aos governos e a seus delegados nestas regiões não incumbisse o rigorosos dever de empregar todos os recursos que a inteligência sugere e o coração aconselha para que os povos africanos colham da lei todos os benefícios que a mesma lei lhes quis dar.
Livres como nós e portugueses também, têm direito a que os poderes públicos olhem para eles e os protejam.
Parte integrante da Nação Portuguesa urge educá-los, instruí-los, criar-lhes o hábito do trabalho, contrariar-lhes as tendências viciosas, reabilitá-los aos próprios olhos, numa palavra, torná-los dignos da Nação a que pertencem.
Isto só pode conseguir-se por meio de institutos adequados.
Escravos podiam ser ignorantes, livres do próprio interesse dos grandes proprietários da província, pondo mesmo de parte a dignidade da nação, exige que sejam instruídos.
Nesta ordem de ideias fundou o ex.mº conselheiro Francisco Maria da Cunha, quando governador geral desta província, a Escola de Ofícios, instituição modesta em seus princípios, mas inspirada em sentimentos tão elevados e generosos, dum pensamento tão humanitário e civilizador, tão genuinamente português, que só por si bastaria para honrar o nome de sua ex.ª. Abolira o legislador a escravidão de direito; mostrou sua ex.' como se acaba de facto, abrindo às crianças de toda a província com a Escola de Ofícios, a arena em que se preparassem para gozar da liberdade.
Maravilha ver como os homens, que poucos anos atrás ninguém considerava acima do irracional, ali se educam e afeiçoam ao trabalho, dando assim o exemplo do muito que há a esperar dos africanos quando, verdadeiramente, se olhe pela sua cultura moral, intelectual e artística.
Não basta, porém, cuidar dos homens; em toda a parte a mulher é considerada como um verdadeiro elemento para alcançar a modificação dos hábitos inveterados dos povos, e os grandes amigos da humanidade no século actual propõem-se a educação da mulher como meio infalível de atingir a reabilitação do homem.
A instituição pois da escola de ofícios será sempre incompleta enquanto a par dela não funcionar uma outra para educação da mulher.
Que importa tomar as criancinhas do sexo masculino, inculcar-lhes o hábito do trabalho, abrir-lhes os olhos luz da razão, iluminar-lhes as trevas do espírito com a vastidão do saber, alargar-lhes o horizonte com a amplidão de conhecimentos, se, quando homens, hão-de, no contacto com os seres menos favorecidos da sua raça, perder todos os benefícios, que se intentou proporcionar-lhes? se hão-de substituir o trabalho pela vadiagem, a sobriedade pela embriaguez, e os bons costumes pelo vicio?
Não podiam estas considerações escapar a s. ex.". o actual governador geral.
Honrando-se de seguir as pisadas do seu antecessor e de continuar o pensamento do snr. conselheiro Francisco Maria da Cunha, s.exª trabalha para dotar a Província com uma instituição para o sexo feminino, que será o complemento da obra daquele ilustre funcionário.
Escasseiam-lhe, porém, os recursos para a fundação; mas não desanima, e confiando em que seu generoso pensamento achará eco, em todos os espíritos verdadeiramente ilustrados e em todos os corações bem formados, me encarregou de solicitar de v. s. se digne propor á Câmara de sua digna presidência vote, no orçamento, uma verba destinada à aquisição de um edifício adequado a um estabelecimento para crianças do sexo feminino.
Não se trata de uma instituição de interesse local. Como a Escola de Ofícios, a casa de educação para o sexo feminino é destinada a receber crianças de toda a Província: justo é pois que toda ela concorra, consoante as forças de cada distrito, para a fundação tão altamente civilizadora. Às Câmaras, genuínas representantes dos interesses dos munícipes, incumbe a obrigação de associar-se a esta generosa ideia e cooperar para a sua realização; e s.exª está convencido de que a ilustrada vereação, a que v.exª tão dignamente preside, há-de honrar a sua missão, anuindo ao convite que lhe é feito e prestando-se a tomar a sua quota parte nos encargos para a criação de um estabelecimento, cujo benéfico influxo há-de, em breve, fazer-se sentir e de cujos frutos se aproveitará toda a Província.”


Por ora, não disponho de dados que permitam conhecer os resultados da diligência levada a efeito.
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Pesquisa e texto de Carlos Lopes Bento, antropólogo e antigo administrador dos concelhos dos Macondes, Ibo e Pemba.
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terça-feira, 1 de junho de 2010

O Convívio de 2010, em Fátima

Com o abraço dum cábula que andou a "gazetar" por outras escolas, mas que teve o prazer de conhecer muita desta juventude de Pemba. Felicidades, para todos vós.



Outro ainda...... mais abrangente. O pessoal merece!


quarta-feira, 6 de janeiro de 2010

A propósito de um comentário sobre o Padre Valente...

Post no ForEver Pemba sobre o saudoso P. Joaquim A. L. Valente, recebeu o seguinte comentário:
  • Sou moradora de Alto Piquiri. Quando o Padre Joaquim Valente passou por Alto Piquiri, substituiu o Padre Antonio Pereira, que estava de férias em Portugal. Neste período nasceu minha filha Camila. Ele a batizou. Cumpriu sua missão dignamente e descansa em paz. - Terezinha Bordignon
Relembrando e despertando consciências:
Q
uando há uns anos nos reunimos em Fátima no encontro habitual dos alunos do Colégio, o Padre Valente pediu que nos juntássemos e fizéssemos um jornal sobre o Colégio. Neste último encontro a que assistiu, expressou a sua vontade em registarmos um pouco da história do colégio e que, de certo modo, representa também uma parte significativa das nossas vidas e das nossas raízes.

O Padre Luís, mais familiarizado com as novas tecnologias da comunicação, propôs que se fizesse um jornal on-line.

Julgo que está dado o primeiro passo, a criação de um blog que permite um maior dinamismo entre todos os que quiserem participar na sua construção.

A ideia do Padre Valente foi retomada este ano pelo Carlos Macôo que no almoço deste ano sugeriu a criação deste espaço. Prontamente o Jaime Gabão abraçou a ideia e disponibilizou-se para dar o pontapé de saída.

Bem-haja ! E aqui estamos nós a dar o nosso contributo e quantos mais, melhor.

Não podemos também esquecer que seria muito interessante o contacto com antigos alunos residentes em Moçambique que poderão promover o contacto com os actuais alunos do Colégio (que hoje certamente terá outra designação).

Reviver o passado mas pensando também o presente e o futuro.

Se cada um de nós der o seu contributo tenho a certeza que conseguiremos cumprir os objectivos desta iniciativa.

Assim que regressar de umas curtas férias (das quais estou bem precisada) voltarei, quem sabe com as ideias refrescadas!

Beijo
Guida Pires

quarta-feira, 16 de dezembro de 2009

Feliz N A T A L !



Cada um de nós faz parte desse Milagre, dessa Maravilha que é o nosso Planeta.
Cada um de nós tem um compromisso muito importante e significativo com a VIDA.
FELIZ NATAL e UM ANO NOVO ABENÇOADO!








(Evite sobreposição de sons desligando o player da "Sound Box - Cotonete" localizado no menu lateral direito, um pouco abaixo deste post.)

segunda-feira, 23 de novembro de 2009

Quero encontrar pessoas que andaram no Colégio --> Nela Ferreira

----- Original Message -----
Sent: Sunday, November 22, 2009 10:35 PM
Subject: Boa noite

Venho por este meio, buscar encontrar pessoas que andaram no colégio. São: Marisa Santos, Maria Pedro Santos , Pierina, José Antonio Santos, Raquel Rosas Rebelo, João Paulo Rebelo, Aana Teresa Rebelo, Iris Maria (a nossa miss), seus irmãos (um deles me lembro o nome é Biluta) e mais pessoal.
Entrem em contacto comigo.
Obrigado, fico á espera até breve.
Maria Ferreira (Nela Ferreira) -  nelaferreira63@live.com.pt

quinta-feira, 16 de julho de 2009

Olá - Sou a Teresa Gaspar Cruz e andei no Colégio São Paulo...

Com autorização da autora transcrevo este e.mail dirigido a colegiopemba@gmail.com:

----- Original Message -----
From:
Paulo Bouca
To:
Colegiopemba@gmail.com
Sent: Thursday, July 16, 2009 3:29 PM
Subject: Olá antigos colegas do Colegio São Paulo 1973/1974.


Olá,

Sou a Teresa, e andei no Colégio São Paulo com a Isabel Firmino, Paula Barceló e a lista continua... ...

Tenho muitas saudades dos tempos de Porto Amélia a dos bons momentos passados no Colégio .

Quando regressei a Portugal vivi em Gouveia, donde os meus Pais eram originários e estudei em Coimbra. E residi no mesmo quarto com a Dolores Tiago, filha do infermeiro Tiago que foi a director de infermagem em Porto Amélia nos anos 70.

Perdi o contacto com a Dolores e gostaria de saber o que tem sido a sua vida.

Sei que e médica mas nao sei aonde e onde reside.

Eu vivo em Montreal desde 1978, sou casada, tenho 2 filhos.

O meu filho tem 25 anos e vive em Praga desde Agosto do ano passado.

A minha filha tem 21 anos e vive connosco em Montreal . Está a estudar gestão.

Os tempos passaram e vocês não se esqueceram de todos os bons momentos.

Trabalhei 21 anos como gestionaria de fundos de investimento para "TDWaterhouse" mas o nivel de stress era enorme. E resolvi trabalhar no que me sempre fascinou ou seja no ramo da moda. Tirei o curso de estilista e trabalho para Etro Canada como estilista e representante.
Dêem noticias para o meu E-mail: Paulo.bouca@videotron.ca.
Podem-me contactar no Facebook - Teresa Bouca.
Beijinhos,

Teresa Maria Gaspar Cruz Bouca

segunda-feira, 15 de junho de 2009


PARA A HISTÓRIA DO ENSINO EM MOÇAMBIQUE
ESCOLAS E ALUNOS DE CABO DELGADO HÁ 150 ANOS:
MATÉRIAS, FREQUÊNCIA, APROVEITAMENTO E PROBLEMAS

Por Carlos Lopes Bento(1)

(Continuação)

IV PARTE


Sistema de ensino e matérias leccionadas

1857-2º Sem

As matérias de Ensino e o sistema seguido durante o Semestre, foram os mesmos que nos outros se tem seguido, a saber:

- Ler, Escrever e Contar;
- Doutrina Cristã, Mo¬ral e Civilidade;
- Gramática Portuguesa, Análise e Regência gramatical;
- Aritmética propriamente dita;
- Ortografia e Caligrafia prática;
- Noções da Historia Sagrada, do Velho e Novo Testamento;
- Noções de Geometria, Geografia e Historia ge¬ral e de Portugal;
- E desde 7 de Dezembro próximo passado, em que lhe foi dada, por substituto João Ferreira do Costa Sampaio, têm também tido regularmente o Ensino de Francês e Inglês.
Tudo pelo sistema de Ensino Simultâneo Normal.

Todos os alunos da Escola frequentaram as três pri¬meiras matérias, e frequentam por escala e segundo os seus adiantamentos as que se lhe vão seguindo. Uns 21 alunos frequentaram Gramática Portuguesa, e, destes, uns 8 se exercitaram em análise e regência gramatical, em ortografia prática, em noções de Geometria, de Geografia, de Historia Sagrada e de Portugal. Uns 30, com mais ou menos aproveitamento, se exercitaram em caligrafia prática, e os mais, segundo o adiantamento ou progressos que vão apresentando, foram passando das classes inferiores para as superiores da escrita. Uns 12 alunos na Escola, que desenvolvem operações maiores de Aritmética, em maior ou menor escala, segundo o adiantamento que vão apresentando; e além destes, muitos desenvolvem as quatro espécies fundamentais, e outros se exercitam nelas.
Finalmente, de entre os alunos, alguns há, que tendo frequentado todas as matérias de Ensino Primaria superior, que se ensinam nesta Escola, se aperfeiçoam nelas e se adiantam em contabilidade; e, destes, uns 6 frequentavam ao mesmo tempo a Língua Francesa, e 1 a Inglesa, com aproveitamento, e pelo seu desenvolvimento em todas as matérias, perguntados, não envergonharão o Professor que os ensinou, nem farão desmerecer o seu tra¬balho e método de Ensino, enfim, todos os alunos que se acham em circunstâncias disso, passam de umas matérias às outras sucessivamente.

1858-1º Sem.

O sistema de ensino tem sido o mesmo seguido nos anteriores semestres: o ensino simultâneo normal; e as matérias ensinadas durante o semestre, as mesmas do semestre anterior, a saber:
- Ler, Escrever, Contar;
- Doutrina Cristã, Moral e Civilidade;
- Gramática Portuguesa;
- Análise e Regência;
- Caligrafia e Ortografia, prática;
- Aritmética propriamente dita;
- História Sagrada, do Velho e Novo Testamento;
- Noções de Geometria, de Geografia e História em geral e de Portugal; e
- Francês.


Aproveitamento

1857-2º Sem

E pode com verdade dizer-se, que, no geral, todos, têm tido aproveitamento, tanto quanto as circunstâncias especiais deste País, e a qualidade dos Escolantes o permite.
Este aproveitamento seria indubitavelmente maior, e mais fácil de conseguir, se a Escola tivesse um Ajudante competente, porque, o número de alunos e de matérias que ensina, e tem de ensinar, como Escola graduada, altamente o reclama, pois é sabido e conhecido, que quando os alunos duma Escola excedem a 30, já ela para ter bom e regular andamento, carece de um Ajudante
.
1858-1º Sem.
Todos os alunos, no geral, frequentaram, regularmente, tiveram na verdade bom aproveitamento, tanto quanto as circunstâncias especiais do País o permitem.(139)
E cinco houve, dos mais adiantados, que frequentaram com vantagem o Francês. E um que frequentou o Inglês, enquanto o substituto lhe pode dar lição.
É verdade que este aproveitamento será indubitavelmente maior e mais fácil de conseguir, e mesmo teria melhor andamento a Escola, se o seu professor tivesse um ajudante competente; porque o número de alunos e de matérias que ensina e tem de ensinar altamente o reclamam; pois é verdade reconhecida que quando os alunos de uma escola excedam a 30, já ela, para ter bom andamento, carece de ajudante.

Falta de assuidade e suas consequências

1857-2º Sem

A pouca assiduidade dos alunos deste País e as amiudadas faltas que cometem, a sua pouca inclinação, no geral para o estudo, são também um tropeço não pequeno para o encarregado da educação e instrução da mocidade; porque, já pelas amiudadas doenças que afligem as crianças neste País, já porque mui a miúdo perdem semanas inteiras de aplicação, por irem para o Continente com as famílias que para aí vão curar das suas culturas; e já, finalmente, por eles não serem aplicados, pela maior parte fazem longas e amiudadas faltas, que não há remédio senão tolerar e dissimular, atentas as circunstâncias especiais do País. Faltas estas que forçam o Professor a ensinar aos estudantes, por duas, três e quatro vezes o que já es¬tava ensinado e aprendido. E que aumentam consideravelmente o trabalho do Professor, e fazem com que os alunos percam os seus lugares de classe, e fazem, finalmente, com que seja impossível explicar as matérias por classe: o que tão conveniente e recomendado é em todos os sistemas de Ensino.

1858-1º Sem.

Muito é para lastimar também a pouca assiduidade dos alunos e as amiudadas e longas faltas que cometem e a pouca inclinação que têm para o estudo, no geral, faltas que não há remédio, senão tolerar e dissimular, atentas as circunstâncias especiais que se dão. Doutro modo, nenhum aluno haveria na Escola. Inquestionavelmente reconhece-se que é condição e hábito dos Povos menos ilustrados. Condição e hábito que só com o tempo, paciência e perseverança se pode pouco a pouco suavizar.
Não é porém menos verdade que estes factos paralisam completamente os esforços dos Professores e forma, sem contradição, um grande tropeço para o encarregado da instrução da mocidade.
Porque já, pelas amiudadas doenças que afligem as crianças neste País, já, por muito amiúdo perdem semanas e meses de frequência, por irem para o continente com as famílias que para ali vão tratar das suas culturas, já, finalmente, por serem pouco aplicadas e terem, no geral, pouco gosto pelo estudo, cometem, como disse, largas e amiudadas faltas, que não é possível deixar de tolerar em vistas das circunstâncias que se dão.
Infelizmente, porém, estas faltas forçam o Professor a ensinar aos estudantes por duas, três, quatro ou mais vezes o que já estava ensinado e aprendido; Fazem que o estudante tenha de andar na escola triplicado tempo, do que andaria se estes factos não se dessem, aumentando consideravelmente o trabalho do Professor e fazem com que os alunos percam os seus lugares de classe; Finalmente que seja impossível explicar aos alunos as matérias por classes, o que é de tão reconhecida e recomendada utilidade.

Localização, funcionalidade do edifício e serviço de limpeza

1857-2º Sem.

A localidade da Escola e seu edifício também não é o mais conveniente, nem se presta aos fins para que estão servindo. É pouco central e adequada e, além disso, carece de reparos e arranjos, especialmente, a clarabóia que lhe dá a principal claridade, que, por mal construída, por mais consertos que se lhe façam, introduz sempre na Escola toda a água que em qualquer dia de chuva lhe cai em cima, e alaga a bancada principal dos alunos, o que alem de inconveniente há-de acabar um dia de arruinar completamente o terraço e inutilizar a Escola.(30)
O serviço e limpeza da Escola também não é feito, nem o pode ser com a regularidade necessária, por não haver quem o faça.
A Escola, actualmente, não tem nenhum servente efectivo, como teve sempre, para ser empregado neste serviço, não podendo deixar de ter, ao menos um servente constante, para lhe fazer a limpeza.

1858-1º Sem.

A localidade da escola e seu edifício não é também a mais conveniente e pouco se presta para os fins. É pouco central e adequada e muito carece de reparos, porque o centro do seu terraço está ameaçando ruína, como já foi visto pelo Inspector das Obras Públicas; e a não ser os pontaletes colocados, necessariamente, já teria havido um desastre. E nos dias em que há chuva, alaga e põe em completa desordem toda a Escola pela imensa quantidade de água que mete dentro dela, o que é negócio que reclama providências.

Em 26 de Maio de 1860, o Boletim Oficial de Moçambique publica o “Mapa do Movimento dos alunos da Escola Principal de Instrução Primária da Província de Moçambique, durante o 2º semestre do ano de 1859, declarando quantos são os alunos europeus, nativos e asiáticos que frequentaram a Escola no dito semestre e a religião a que cada pertence”, datado de 15.4.1860 e assinado pelo Professor Guilherme Henrique Dias Cardoso. Dele extraíram-se os seguintes dados:

Existiam em 1.7.1859, 44 alunos, sendo:

-4 Europeus Cristãos da cidade de Moçambique;
-24 Cristãos Nativos: 17 da cidade de Moçambique, 1 Inhambane, 2 Sofala, 2 de Tete e 2 do Ibo:
-16 Mouros Nativos: 13 da cidade de Moçambique, 1 de Lourenço Marques, 2 Inhambane.


Entraram no 2º Semestre de 1859, 12 alunos, sendo:

-2 Europeus Cristãos da cidade de Moçambique;
-5 Cristãos Nativos: 4 da cidade de Moçambique e 1 Quelimane;
-4 Mouros Nativos da cidade de Moçambique;
-1 Asiático Cristão da cidade de Moçambique.

Saíram no 2º Semestre de 1859, 13 alunos, sendo:

-2 Europeus Cristãos da cidade de Moçambique;
-5 Cristãos Nativos: 2 da cidade de Moçambique e 2 Tete;
-6 Mouros Nativos: 5 da cidade de Moçambique e 1 de Lourenço Marques.

Existiam em 31.12.1859, 43 alunos, sendo:

-4 Europeus Cristãos da cidade de Moçambique;
-24 Cristãos Nativos: 18 da cidade de Moçambique, 1 Inhambane, 2 Sofala, 1 Quelimane e 2 do Ibo;
-14 Mouros Nativos: 12 da cidade de Moçambique e 2 Inhambane;
-1 Asiático Cristão da cidade de Moçambique.

Os alunos saídos tiveram os seguintes destinos;

-3 foram para Lisboa na Fragata
-2 embarcaram para aprender pilotagem
-3 foram aprender ofícios
-4 voltaram para as famílias
-1 foi riscado por incorrigível.


1)- Prof. Univ. e Antropólogo.
(CONTINUA)

quarta-feira, 3 de junho de 2009

GLÓRIA DE SANT' ANNA: UMA REFERÊNCIA CULTURAL DE CABO DELGADO

(Clique na imagem para ampliar. Um pouco na penumbra, podemos vislumbrar a também já falecida poetisa moçambicana Noémia de Sousa)

Com o seu passamento, perdeu-se uma muito ilustre e incansável estudiosa que muito trabalhou para divulgar, especialmente, através da poesia, as memórias das gentes e terras de Cabo Delgado, que muito amou.

Para além de Porto Amélia, hoje, Pemba, dedicou especial atenção às Ilhas de Querimba, com especial relevo, para a histórica ilha do Ibo, que visitou inúmeras vezes, para melhor se informar sobre a sua realidade sociocultural.

Recordo, com saudade algumas dessas suas visitas destinadas à recolha de algumas lendas e tradições, e, como a minha homenagem e, em sua memória, seja-me permitido que do seu livro "Algures no tempo" extraia o poema Quirimbas, dedicado a Ingamo Moja, geronta mwane, que então entrevistou, na ilha do Ibo, em 1969:

QUIRIMBAS
A Ingamo Moja(1)
tranquila
índicas nos véus do tempo
guardam faces
de verdes olhos
e em segredos
de transparentes mantos
falam de búzios e oiro
e dos necangas
contam histórias
da história de memória
e vestem-se de lendas
e de encantos.

(1) Mulher velha do Ibo, de uma beleza intensa. As feições, os olhos profundos, tudo emana um denso magnetismo de mistério e sabedoria. (p.26)

No seu livro "Ao Ritmo da Memória" que nos relata a dita visita, Glória de Sant'Anna, fornece-nos um excelente perfil da sua ilustre entrevistada:
".......................................................... E entra na sala uma mulher velha vestida de panos de tons escuros. Usa um lenço do mesmo tecido, posto como um turbante leve com uma ponta caída.
É Ingamo Moja.
Magra, pequena, de malares levemente marcados, de uma beleza deslumbrante que se concentra nos olhos rasgados para as fontes, profundos, que de repente me parecem claros. Nariz perfeito. Boca firme e de contorno alongado. pele de cor de cobre escuro. Uma presença calma, de ínicio vagamente desconfiada e desdenhosa, mas imediatamente tornada uma personalidade forte e cativante de que recolho sem saber porquê, uma ternura súbdita." (p.24)

Termino estes breves, mas sentidas notas, enviando a seus filhos e demais familares os nossos sentidos pêsames.
Que Deus tenha em descanso a alma da nossa querida poetiza e amiga Glória de Sant'Anna.
- Carlos L. Bento. Almada

terça-feira, 2 de junho de 2009

GLÓRIA DE SANT'ANNA - A eterna poetisa do mar azul de Pemba.

(Clique na imagem para ampliar)

Partiu esta madrugada nossa Querida Professora, Amiga e Poetisa, Glória de Sant'Anna.
A notícia veio até mim por este pequeno e simples texto:

"... É com profunda dor, que te venho anunciar o falecimento da nossa Mãe.
Morreu às 4 horas da madrugada do dia de hoje..."

Não é fácil falar ou comentar quando o coração está apertado, amargurado com mais esta passagem da vida que envolve e atinge um ser humano de valor sentimental imensurável para muitos de nós que aprendemos a caminhar na vida pela força e ensinamentos recebidos de suas delicadas mãos sempre dadas às nossas, desde os tempos da infância.

Só consigo dizer que jamais esquecerei seu olhar terno, suave, sua voz tranquila, meiga mas firme e de palavras inteligentes, doces, sempre doces, repletas de poesia e sabedoria...

Jamais deixarei de a considerar minha Querida Professora, quase uma segunda Mãe...

Jamais deixarei de a considerar a minha Querida e Eterna Poetisa do Mar Azul de Pemba...

E é com lágrimas nos olhos, com imensa tristeza, com uma tremenda saudade que não tem fim, que, aqui de longe, a revejo no meu imaginário no meu último abraço, no meu último adeus terreno, ciente que a reencontrarei sempre em meus sonhos e na poesia de todos os entardeceres que aprendi a descobrir com a beleza de seus versos e com a generosidade que emanava de seu coração de poetisa, professora e Mãe.
- J. L. Gabão, 02 de Junho de 2009.

Em tempo: Que a beleza e força espiritual de D. Glória (como sempre e carinhosamente por nós era chamada), que são eternas, nos inspire a todos, seus Amigos, assim como a seus Filhos e Familiares, a superar a saudade que fica!

Quando o n'pure chega
É madrugada e o n'pure voltou e canta
para o vermelho-laranja do horizonte
e o silêncio em volta dos telhados
é longo e doce
Uma linha de fumo branco sobe
da fogueira do guarda envolto na capulana escura
e a folhagem parada freme de súbito
ao grito do n'pure
Em redor dos troncos tombaram
as primeiras-tímidas flores da acácia rubra
durante a noite (penso)
ou soltas pelas asas leves do n'pure
- Glória de Sant'Anna - "Amaranto".

  • Da Literatura: GLÓRIA DE SANT'ANNA 1925-2009 - Aqui!
  • 7 registos de Glória de Sant'Anna (Fundação Calouste Gulbenkian) - Aqui!
  • Batuque ao longe - Aqui!
  • Egoísmo - Aqui!
  • Glória de Sant'Anna - Aqui!
  • Glória de Sant'Anna - uma mulher sensível - Aqui!

domingo, 31 de maio de 2009

A DRª. MARIA FERNANDA PAZ E EU, EM AMENA CAVAQUEIRA


Foto tirada no convívio dos antigos alunos e professores realizado ontem em Fátima.
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31.05.2009
LenaVilasBoasSousa

Convívio dos antigos Alunos e Professores do Colégio Liceal de S.Paulo


Ontem, por volta das 11,30, acompanhada de meu marido, filho, nora e neto cheguei a Fátima.

Mais uma vez e como já vem sendo hábito, perdemo-nos no meio de todas aquelas ruas estreitas, para um trânsito demasiado elevado! E depois de um pedido de socorro lançado a uma transeunte, eis-nos finalmente chegados ao Exército Azul!!!

Excelente local escolhido para a confraternização!

Espaço para estacionamento não faltou e os acessos para o interior estão providos de uma bela escadaria e de um elevador na parte lateral para quem transporte cadeirinhas de rodas e bebés.

É difícil descrever a sensação que temos ao abraçarmos de novo pessoas que já não víamos há um ano! Mas mais difícil é relatar o que sentimos quando encaramos com professores e alunos que já não contactávamos há muitos anos atrás!

E foi o que aconteceu comigo!

Logo à entrada deparei com um espaçoso salão, muito bem decorado, com alguns sofás onde o Coelho “Namarrocolo”, indiferente aos movimentos das pessoas, tentava actualizar o mais possível a sua lista de nomes dos antigos professores e alunos que fizeram parte do nosso colégio!

E que colégio! Sinto vaidade, um orgulho imenso em ter pertencido àquele colégio!

Um convívio são, um abraçar sincero, um recordar desta ou daquela situação, tudo serviu para passarmos momentos maravilhosos!

Uns registavam com suas sofisticadas máquinas, fotos e vídeos para mais tarde recordarem junto dos seus, ao calor de uma lareira… outros partilhavam os albúns que transportaram até Fátima para mostrarem como eram naquela época, as suas lindas carinhas…outros mal se sentaram à mesa, preferindo percorrer todas as outras, contando suas aventuras de um passado já longínquo, numa mescla de alegria e emoção, algumas saudades do tempo que já não volta.

Houve quem, munido dos seus PCs, os colocassem em locais que facultavam a todos os outros, a possibilidade de ver as suas deslocações, em 2008, àquela Pemba que não nos cansamos de recordar!

Eu tive o prazer de abraçar uma professora que já não a via desde 1960!

A Dra. Maria Fernanda Paz!

Foi minha professora de matemática e de história, embora ela já não se recorde de ter leccionado história.
Não admira, os anos vão passando…mas ficam os documentos para recordar! Basta clicar neste link:

http://colegiosaopaulo.blogspot.com/2008/06/coleco-indita-de-autgrafos-de-algumas.html


Sei que a mesma irá ler este meu escrito, já que não só ela mas muitos dos que por lá estavam desconheciam a existência do blog do Colégio Liceal de S.Paulo e me solicitaram a forma de lá chegar e visualizar os textos e imagens.

Houve quem comentasse que esperavam mais participação … mas também houve quem afirmasse que logo de início votaram contra a criação do mesmo, por falta de tempo, conhecimentos e outros motivos que eu fui ouvindo e registando.

Meus amigos que me lêem – será que não sobra mesmo nenhum tempinho para alinhavar umas linhas???

Para quem tiver dificuldades em participar no mesmo, pode enviar um e-mail para o endereço particular do Jaime Gabão associado a este blog e ele coloca à semelhança de outros, a mensagem, o conto, a foto, indicando de seguida a sua proveniência. Como vêem é simples, muito simples mesmo!

E é uma pena que os contos que ontem ouvi, não constem do blog para a posteridade. Que belas recordações, não do meu tempo e de outros que comigo andaram, pois estamos já reduzidos a muito poucos…mas há uma geração posterior à nossa que eu convidei a aqui relatar essas memórias!

Aceitem o desafio que aqui vos lanço!
Tivemos professores dos quais nos orgulhamos! Que esse orgulho venha ao de cima e que o facho, sempre aceso que consta do nosso emblema, continue a brilhar neste blog, transmitindo para os vindouros quem realmente fez parte do nosso colégio!

E após este pequeno alerta que eu achei oportuno aqui colocar, vou regressar ao convívio!

Eu cheguei tarde, mas ainda a tempo de abraçar muitos colegas que logo me reconheceram!

A Dulce Pereira, a Mariinha e sua irmã a Milinha, A Irene Coelho e seu irmão, o Coelho, que cada vez está mais alto ou sou eu que estou encolhendo… :) ,a Odete e a Zezinha Costa, as jovens Pires,a Iris Maria, a Mali Cristina, a Belinha Januário, a Mariza Santos que viajou ontem de Londres para Portugal unicamente para assistir à confraternização, o Vicente, o Padre Domingos, o Padre Luís…enfim, uma multidão que eu confesso não esperava ver reunida!

O Padre Luís, como já vem sendo hábito, celebrou a missa, como sempre em memória dos que já nos deixaram e dos presentes e suas famílias e onde se rezou pelas melhoras de todos os que se encontram doentes.

Registei alguns desses momentos que irei colocando ao longo do tempo, neste blog e em simultâneo no http://pembabardatininha.multiply.com/

A parte do ofertório foi coadjuvada pela Dulce e sua irmã Milinha Pereira.

A leitura dos evangelhos teve a colaboração da Dra. Fernanda Paz e da Milinha ainda que afónica q.b..

Quanto ao coro foi abrilhantado pelas belíssimas vozes das três irmãs: Dulce, Mariinha e Milinha! Umas vozes que me transportaram por momentos a um passado distante, no coro da igreja de S.Paulo em Porto Amélia, onde elas participavam! Faltou a Elisa Damas, mas ela é a coordenadora das catequistas em Almada e precisamente ontem faziam o crisma os jovens que estavam sob sua orientação! Foi pena mas para o ano haverá mais e penso que só um motivo de força maior justificará a sua ausência.

Da minha parte aqui vai um muito obrigada pelas suas participações! Que continuem sempre assim!

Finda a missa, lá passámos ao salão onde iria ser servido o almoço.

Com um aspecto impecável, ar condicionado, mesas largas, toalhas e guardanapos em pano (actualmente coisa rara em muitos deles), onde já constavam as entradas:

Rodelas de morcela de arroz, chouriço assado, queijinho fresco fatiado, azeitonas e manteiga, acompanhados de cestinhos de fatias de pão torrado que se ia petiscando enquanto não chegou a sopa das nossas avós, que era uma sopa de feijão encarnado contendo algum repolho e outros legumes e que estava divinal!

No intervalo e enquanto se aguardava pelo prato escolhido, foi-se deambulando pelas várias mesas, algumas em animadas discussões relatando as suas idas a Moçambique e suas aventuras por lá! Ainda tentei solicitar a um dos membros uma cópia de um vídeo; pena que não possuía CD para fazer-se a cópia do mesmo.

De seguida chegaram as espetadas de porco preto alternadas com chouriço e linguiça picantes, migas, (estas bem diferentes das que eu estava habituada a comer na casa do Joaquim Neves, pois eram constituídas por couve cortada para caldo verde, feijão-frade e pão esfarelado que constatei ser broa e pedaços de pão torradinho) que davam um sabor original e agradável. Este prato, acompanhado de batata a “murro” estava saboroso!!!
Meus Deus, pena que eu já não possa comer como antigamente!

Para findar o repasto, serviram-nos uma salada de fruta e um doce de bolacha que estavam uma doçura!

Ainda nos foi servido um cafézinho e um digestivo para assentar o almoço e quebrar a sonolência de alguns!

De seguida passámos ao bar onde o bolo, desta vez idealizado por mim com a colaboração de mais dois amigos : Jaime Gabão e Coelho! Foi fotografado por muitos e até filmado! Convém esclarecer que o logotipo foi-me enviado pelo Jaime nas dimensões exigidas e a frase colocada no mesmo foi ideia do . Um beijão para cada um deles e a minha gratidão.

Cantámos os parabéns ao colégio e demos início à prova, já que muitos pretendiam regressar aos seus lares e o tempo voava.

É sempre assim: quando estamos em amena confraternização nem damos pelo tempo passar! Sei que quando abandonei o local pois já eram boas horas, ainda lá deixei alguns resistentes!

Fotos, possuo algumas! Não tantas quanto gostaria de ter, mas acho que são as suficientes para documentar tudo o que atrás afirmo!

Um gesto simpático da Dra. Fernanda Paz!
Fez questão de tirar uma fotografia rodeada de todos os alunos que ela leccionou e que estavam presentes! Acima reproduzo a foto.

Para o ano há mais e, se Deus o permitir lá figuraremos todos nós e ainda os que por razões diversas não o fizeram ontem.

Aproveito para aqui realçar o gesto simpático do Padre Domingos, que com os seus 80 e tal anos fez questão de ir ao convívio e manifestar que era mais um dia que se sentia muito, mas mesmo muito feliz, por nos ter abraçado a todos!
Gostei de o ouvir perguntar pela minha filha, pois foi ele quem a baptizou na Igreja de Maria Auxiliadora nos anos idos de 1974…

E as minhas últimas palavras vão para as jovens que uma vez mais organizaram o convívio!

À Odete Carvalho e à Zézinha Costa:

Que Deus vos dê forças, persistência e muito amor à causa, para continuarem a realizar esses saudáveis convívios que bem sabemos dão uma enorme trabalheira, compromissos que se assumem perante os restaurantes, responsabilidades por vezes não entendidas mas que, ano a ano irão “tentando limar essas arestas” !

Para ambas o nosso BEM HAJA!

Até para o ano, se Deus o permitir e até lá, muita SAÚDE e SORTE!

…………………
31.05.2009

LenaVilasBoasSousa

sábado, 30 de maio de 2009

O bolo do encontro de hoje em Fátima...

(Clique na imagem para ampliar)
Sem maiores detalhes e acabado de chegar aqui, à "redação"...
- Imagem da "enviada especial e internacional" a Fátima, da agência noticiosa "ColégioBlog", Lena Vilas Boas.

Aos "jovens" estudantes de Pemba...

...ex-Porto Amélia, que, por esta hora, convivem em Fátima, um abraço do
cocuana,

B.A.

E um singelo vídeo em vossa homenagem, com votos de felicidades para todos!